‘The Maestro’ Salvatore Calabrese, ‘The King of Cocktails’ Dale DeGroff, the ‘Godfather of British bartending’ Peter Dorelli, o famoso bartender japonês Hidetsugu Ueno, o empreendedor etílico Jean-Sébastien Robiquet e o elegante palestrante Philip Duff lançaram conjuntamente a ação #JustOneShift.
A ação liderada por Jean-Sébastien, criador da vodka Cîroc e do gin G’Vine, visa arrecadar fundos para o projeto Wine to Water (do vinho à água), além de prestar homenagem ao grande gaz Regan, falecido em 2019.
O projeto de caridade Wine to Water, que já atende 20 países, inclusive o Brasil, foi fundado em 2007 pelo ex-bartender Doc Hendley. Através do leilão, que terá 100% da arrecadação convertidas ao projeto, Robiquet espera manter vivo o legado de gaz e também transmitir a importância da água no nosso cotidiano, especialmente dentro do bar.
O objeto principal do leilão, que termina em 15 de outubro, é uma foto única e autografada das lendas da coquetelaria internacional, tirada em Cognac 2022, em homenagem ao histórico momento em que gaz fez seu primeiro Negroni mexido com o dedo indicador durante o G’Vine Gin Connoisseur Program (GCP) realizado em 2011.
As doações serão coletadas de três maneiras: 1. #JustOneShift: Bartenders podem fazer a doação das gorjetas de um turno de trabalho. 2. Doações diretas: Clientes podem doar diretamente para o projeto Wine to Water pelo link www.winetowater.org/gazregan 3. Leilão: A foto original autografada, juntamente com a foto de 10 anos do Negroni “Finger Stirred” e uma caixa do Gin 1495. Os lances acontecem, até 15 de outubro, pelo link https://www.interencheres.com/
Uma tendência há alguns anos que vem ganhando força nos último biênio é a de coquetéis “menos alcoólicos “.
Uma opção para quem não quer perder a sobriedade, para quem quer provar mais opções de sabores ou para quem quer também durar mais tempo na festa.
Esses coquetéis recebem vários nomes alternativos como “shim”, “supressor”, “session”, “low-abv”, “low-alcohol” e afins.
Mas um fator comum entre todos estes coquetéis é o não uso (ou pouco uso) dos destilados base. Abusando de vinhos, espumantes, vermutes, aperitivos e bebidas mistas para conseguir uma graduação alcoólica (abv) mais baixa.
Contudo, cabe uma reflexão: quão menos alcoólico realmente são estas receitas?
Para explorar este assunto um pequeno desvio de rota pode ser necessário:
COMO CALCULAR A GRADUAÇÃO ALCOÓLICA DE UMA RECEITA?
O que significa dizer que um destilado possui 40% de graduação alcoólica?
Claramente estamos lidando com uma porcentagem (%), logo um valor relativo a um todo. Por exemplo quanto vale 50%? Vale a metade, mas a metade de quem? É esta a pergunta que sempre temos : é uma porcentagem de quem? Seja na garrafa de litro, na dose ou em uma piscina de destilado a graduação continua a mesma, neste exemplo: 40%. Mas claramente uma dose tem menos álcool que uma garrafa!
Considere uma dose de 50ml, 40% deste volume é álcool e o restante água.
Ou seja, uma dose possui 20ml de álcool. Basta calcular : 50ml x 40/100 = 2000ml/100 = 20ml.
Então temos a QUANTIDADE de álcool (em mL) desta dose!
Mas e a graduação do coquetel? Bem, devemos então saber qual o tamanho do coquetel e qual quantidade de alcool ele possui.
Voltemos ao exemplo da dose: 20ml de álcool em 50ml, se tivessemos duas doses seriam 40ml de alcool em 100ml de destilado, ou seja 40 por 100, entendeu? 40%
Agora, se diluirmos esta dose com 100ml de água com gás teríamos 20ml de álcool em 150ml de coquetel.
20ml / 150ml = 0,13333... = 13,33%
Logo este coquetel teria 13.33% de graduação alcoólica.
(Para coquetéis batidos e mexidos devemos considerar a diluição do gelo, mas isso é assunto pra outro dia)
Esta graduação esta relacionada à nossa percepção do álcool no paladar, uma dose a 40% irá ter um “sabor alcoolico” bem maior que um coquetel a 13%.
Mas, o que nos deixa bebados? A quantidade total de álcool ingerido!
Logo, quando pensamos em um coquetel low-abv deveriamos pensar mesmo é na QUANTIDADE de álcool que a receita possui.
Afinal, 20ml de alcool em uma dose ou em um coquetel continuam sendo 20ml de alcool, mudou-se apenas o momento de consumo e a percepção que tivemos.
FINAL DO (IMPORTANTE) DESVIO DE PERCURSO
Considere então algumas típicas receitas que são feitas “abusando de vinhos, espumantes, vermutes, aperitivos e bebidas mistas”:
Kir Royale 30ml licor de cassis (28%) 120ml espumante brut (11%)
Americano 50ml Campari (28.5%) 50ml Vermute Rosso (16%) 50ml água com gás (0%)
Teresa 50ml Campari (28.5%) 25ml suco de limão (0%) 25ml licor de cassis (28%)
Aperol Spritz 60ml Aperol (11%) 120ml espumante brut (11%) 60ml água com gás (0%)
Agora vamos calcular a QUANTIDADE de alcool destas receitas:
Kir Royale: 30ml x 0.28 + 120ml x 0.11 = 21.6ml de álcool
Americano: 50ml x 0.285 + 50ml x 0.16 = 22.25ml de álcool
Teresa: 50ml x 0.285 + 25ml x 0.28 = 21.5ml de álcool
Aperol Spritz: 60ml x 0.11 + 120ml x 0.11 = 19.8ml de álcool
Mas se uma dose de 50ml de um destilado a 40% tem 20ml de álcool onde que estes coquetéis possuem pouco álcool? Apenas em suas graduações alcoólicas e na nossa percepção deste álcool no paladar!
Logo, voltamos na mesma pergunta de antes: quão menos alcoólico realmente PODEM SER estas receitas?
Vamos tomar um caso extremo, o Negroni. Feito com partes iguais de Gim (47%), Campari (28.5%) e Vermute Rosso (16%), muitos bartender optam por utilizar medidas iguais de 1oz (ou 30ml), mas e se utilizarmos uma medida de 3/4oz (22.5ml)?
Então teríamos 22.5ml x 0.47 + 22.5ml x 0.285 + 22.5ml x 0.16 para um total de 20.6ml de álcool. Nada mal!
Considere agora um coquetel engarrafado pre pronto, destes que vende no supermercado, costumam ter a graduação de 8% e são vendidos em embalagem de aproximadamente 270ml. 270ml x 0.08 = 21.6ml de álcool
Então vemos que uma saída para a ingerir menos álcool ou provar mais coquetéis ao longo do dia/noite seria beber coquetéis moderadamente menores, manter-se hidratado e sempre bem alimentado.
Acompanhe os próximos textos para algumas receitas realmente leves no álcool e potentes no sabor!
Enquanto isso veja também os seguintes conteúdos correlatos :
Pode até parecer um coquetel moderno que equilibra bebidas de forte personalidades, mas o Last Word é na verdade um dos últimos clássicos criados antes da Proibição americana.
Feito com partes iguais de Gim, Chartreuse Verde, licor Maraschino e suco de limão tahiti, resulta em um coquetel cítrico extremamente refrescante e herbal onde nenhum ingrediente domina o outro, mas a combinação de todos cria uma bebida extremamente harmoniosa.
Esta receita que data de 1915 chamou a atenção do bartender de Seattle, Murray Stenson (foto acima) que o colocou no cardápio de abertura do Zig Zag Café em 2004 onde o coquetel espalhou rapidamente pelos Estados Unidos e em 2012 já era moda, gerando diversas variações onde a mais famosa é o coquetel Paper Plane, um dos clássicos modernos.
Final Ward (Phil Ward, 2007)
25ml Rye Whiskey
25ml Maraschino licor
25ml Chartreuse Verde
25ml suco de limão siciliano
Bater com gelo e coar para taça resfriada. Decoração opcional de zest citrico.
Esta versão troca Gim por Rye e limão tahiti por siciliano.
2. Monte Cassino (Damon Dyer, 2010)
25ml Rye Whiskey
25ml Benedictine
25ml Chartreuse Amarelo
25ml suco de limão siciliano
Bater com gelo e coar para taça resfriada. Decoração opcional de zest citrico.
Coquetel vencedor do campeonato de 500 anos de Benedictine.
3. Paper Plane (Sam Ross, 2007)
25ml Bourbo
25ml Aperol
25ml Amaro Nonino
25ml suco de limão siciliano
Bater com gelo e coar para taça resfriada. Decoração opcional de zest citrico.
Esta versão trás amargor ao invés da complexidade herbal. Pouco associado ao Last Word, mas claramente influenciado.
4. Naked & Famous (Joaquin Simó, 2011)
25ml Mezcal
25ml Aperol
25ml Chartreuse Amarelo
25ml suco de limão tahiti
Bater com gelo e coar para taça resfriada. Decoração opcional de zest citrico.
Extramamente refrescante, ótimo exemplo de ingredientes potentes que se equilibram bem.
5. Divison Bell (Phil Ward, 2009)
30ml Mezcal
15ml Maraschino licor
25ml Aperol
25ml suco de limão tahiti
Bater com gelo e coar para taça resfriada. Decoração opcional de zest citrico.
Mais uma receita de Phil Ward, que após muito explorar as variações de Last Word chega em uma versão que foge das partes iguais.
Você já experimentou coquetéis que seguem esta linha? Conte nos comentários!
Começamos com os coquetéis de Rum que irão te dar repertório para melhor atender seus clientes.
Com o retorno da coquetelaria Tiki e na busca por uma coquetelaria tropical menos óbvia o Rum vem ganhando grande força internacional.
Embora cada receita abaixo tenha seu mérito próprio podemos vê-las também como variações clássicos, este exercício também ajuda a compreender melhor a ideia por trás destes coquetéis.
1.Airmail
30ml Rum envelhecido
15ml xarope de mel
15ml suco de limão tahiti
60ml Espumante Brut
Bata rum,limão e xarope de mel com gelo. Coe para uma taça flute e complete com o espumante. Decore com casca de laranja.
Comentário: Um coquetel de 1949 que aparece no livro Handbook for Hosts da revista Esquire.
2.Hemmingway Daiquiri
60ml Rum claro
15ml xarope de açúcar
15ml suco de limão tahiti
15ml suco de grapefruit
05ml licor Maraschino
Bata os ingredientes com gelo e coe para uma taça resfriada. Dispensa decoração.
Comentário: Este coquetel também é conhecido como Floridita Daiquiri. Associa-se esta receita ao escritor que gostava de seus Daiquiris sem açúcar e com o dobro de rum.
3. Jungle Bird
60ml Rum escuro ou envelhecido
15ml Campari
15ml xarope de açúcar
15ml suco de limão tahiti
60ml suco de abacaxi
Comentário: Criado no hotel Hilton de Kuala Lampur no final da década de 70. Este coquetel é um belo exemplo da coquetelaria tropical e o uso do Campari um dos seus charmes
4. Old Cuban
50ml Rum envelhecido
25ml xarope de açúcar
30ml suco de limão tahiti
8 folhas de hortela
1 dash Angostura
30ml Espumante Brut
Bata com gelo e coe para taça resfriada. Complete com o espumante. Decore com folha de hortelã.
Comentário: Criado por Audrey Saunders do bar Pegu Club em NY. Uma das mixologistas mais influentes nos anos 2000.
5.Queen’s Park Swizzle
60 ml rum envelhecido
25 ml suco de limão
25 ml xarope de açúcar demerara
2 lances de bitter aromático
10 folhas de hortelã
Adicione os ingredientes em um copo longo e complete com gelo moído. Mexe bem, complete o copo com gelo moído e repita até que o nível do coquetel fique próximo da boca do copo e o copo esteja com uma camada de condensação no exterior.
Finalize com dois lances de bitter sobre o coquetel, criando uma camada estilo float e decore com um ramo de hortelã próximo ao canudo.
Comentário: Parente próximo do Mojito, o Queen’s Park Swizzle é mais seco e amadeirado. Swizzle é a técnica de preparo típica do caribe.
6.Treacle
60 ml de rum envelhecido
10 ml de xarope de açúcar demerara
25 ml de suco de maçã
2 dashes de Angostura
Em um copo baixo adicione o xarope e o bitter com alguns cubos de gelo, mexa com uma colher de bar, adicione metade da dose de rum mais alguns cubos de gelo e mexa novamente, adicione o resto do rum, mais gelo e mexa novamente, finalize com o suco de maçã. Decore com uma casca de laranja.
Comentário: criado pelo lendário Dick Bradsell, bartender londrino responsável por criar também o Bramble, Espresso Martini, Russian Spring Punch e outros.
7.Espresso Daiquiri
60ml Rum claro
50ml espresso (recém feito)
15ml xarope de açúcar
Bater e coar para taça resfriada.
Comentário: uma versão de Espresso Martini, certamente criada por amantes de Daiquiri.
8.Le Latin
45ml Rum claro
15ml vinho branco
15ml xarope de açúcar
15ml suco de limão siciliano
05ml salmoura de azeitona
Bater com gelo e coar para taça resfriada. Decorar com uma azeitona.
Comentário: Receita vencedora do Bacardi Legacy 2015, criado pelo bartender Franck Dedieu.
9. Mismo
60ml Rum
15ml suco de limão
150ml água com gás
Comentário: um Rum Rickey, o nome vem da confusão de um americano que viu dois cubanos pedindo rum com soda. O primeiro pediu um rum com soda e o segundo “el mismo”
10.Maid in Cuba
60ml Rum claro
25ml suco de limão tahiti
15ml xarope de açúcar
8 folhas de hortelã
2 fatias de pepino
30ml água com gás
Bater com gelo e coar para taça resfriada e lavada com absinto. Completar com água com gás. Decorar com fatia de pepino.
Comentário: uma combinação de Mojito e French Maid, coquetel vencedor do Bacardi Legacy 2014, criado pelo bartender Tom Walker.
Um dos poucos clássicos nacionais da categoria aromático, o Rabo de Galo vem ganhando diversas interpretações dos bartenders brasileiros.
Embora as receitas mais comuns sejam cachaça com vermute ou cachaça com cynar, existem variações regionais quanto a qual modificador adicionar à qual cachaça.
Da mesma forma como tivemos várias receitas de Martini, Daiquiri, Negronis e afins, podemos também ter várias receitas de Rabo de Galo.
As receitas abaixo funcionam bem com cachaças semelhantes, mas se possível, experimente com as marcas apresentadas.
1. Rabo de Galo Índio
Coquetel vencedor do segundo Concurso Nacional de Rabo de Galo, em 2018. Uma receita bem clássica elevada a outro nível pelo uso de uma cachaça de altíssimo gabarito.
RABO DE GALO ÍNDIO
por Paulo Leite
60ml Cachaça Sebastiana Duas Barricas
30ml vermute Carpano clássico
10ml Artichoke San Basile
Mexa os ingredientes em um mixing glass com gelo. Sirva em copo baixo com gelão. Decore com zest de limão tahiti e formiga saúva.
2. Rabo de Galo Carijó
Uma bela releitura que trás a cultura das cachaças “curtidas”, além de trazer o café, um dos sabores da vez e que combina muito bem com o carvalho e o Cynar.
RABO DE GALO CARIJÓ
por Christopher Carijó
50ml Porto do Viana Premium
(infusionada em café e casca de laranja)
25ml vermute Carpano clássico
25ml Cynar
Mexa os ingredientes em um mixing glass com gelo. Sirva em copo baixo com gelão. Decore com zest de laranja.
3. Dente de Leão
As notas cítricas e achocolatadas da Cachaça escolhida inspiram o coquetel, que leva o nome de uma planta que simboliza a força e a liberdade e cuja flor lembra a flor da cana-de-açúcar.
DENTE DE LEÃO
por Marcio Felipe
50ml Cachaça Santo Grau PX
25ml Cynar 70
05ml Lucano Caffè
Mexa os ingredientes em um mixing glass com gelo. Sirva em copo baixo com gelão. Decore com zest de laranja e chocolate 70%
4. Rabo de Galo Veríssimo
Este Rabo de Galo, criado por Vinícius Laurentino em 2018 para a segunda carta do bar Tarsila é inspirado no movimento modernista e mais precisamente na obra de Érico Veríssimo, principal modernista no Rio Grande do Sul.
A combinação de Antonieta I com Punt e Mes e Cynar trás um coquetel rico de sabores, para trazer um contraste e um herbal extra usa-se a tintura de erva mate verde, um símbolo do Rio Grande do Sul.
RABO DE GALO VERÍSSIMO
por Vinícius Laurentino
40ml Cachaça Antonieta I (Amburana)
20ml Punt e Mes
20ml Cynar
7gotas tintura de erva mate verde
Mexa os ingredientes em um mixing glass com gelo. Sirva em copo baixo com gelão. Decore com zest de limão tahiti.
5. Apothekose
Minha criação para o desafio final do Arte da Cachaça Leblon, em 2015. O desafio era propor um novo clássico nacional.
O coquetel trás o vermute seco como contraponto ao dulçor da Cachaça branca e enriquece as especiarias com licor de ervas*
APOTHEKOSE
por Thiago Ceccotti
60ml Cachaça Leblon
25ml vermute Martini Extra Dry
15ml Cynar
05ml Licor de ervas*
Mexa os ingredientes em um mixing glass com gelo. Sirva em copo baixo com gelão. Decore com zest de limão siciliano.
Qual a sua variação ou receita de Rabo de Galo favorita?
Conte nos comentários abaixo.
Saúde!
*Funciona bem com Benedictine, Drambuie, Bizantino, Jagermeister, Fogo Paulista e afins.
Criado em 2019, Brado é o coquetel que consagrou Mario Oliveira como campeão brasileiro e representante nacional na final global (que está adiada) do Bacardí Legacy 2020, maior campeonato de coquetelaria do mundo promovido por uma única marca.
Mario criou a receita inspirado em grandes discursos, movimentações culturais e consumos populares, o Brado traz elementos que representam a conexão entre os diferentes, a possibilidade de criar elos, mostrar sua voz e deixar a sua marca.
“O Brado é um coquetel que fala sobre o poder da voz. Não sobre a voz em si, mas sim sobre a importância e o peso que a união tem quando se dá voz aos demais. A maioria das conquistas e feitos histórico-culturais se deram através de movimentações e de atitudes que foram além do esperado, este é o nosso grito, este é o nosso Brado”.
Vale lembrar que o Brado tem UMA MÚSICA inspirada nele,além dos vídeos que se remetem aos gritos culturais.
O coquetel leva ingredientes comuns e fáceis de encontrar no mundo todo, uma das regras do Bacardí Legacy.
De fácil preparo o coquetel conta apenas com ingredientes líquidos, facilitando a execucao no bar. Alem disso, temos também uma versão elegante de coquetel highball, isto vem do uso do xarope de hortelã ao invés do hortelã macerado.
Este coquetel tem um grande potêncial para figurar em cardápios de todo Brasil!
Para ajudar na campanha do Mario você pode fazer esta receita em casa, colocar no seu cardapio de delivery ou divulgar esse texto.
Lembre de utilizar as tags : @GranMario #EspalheSuaVoz#BradoLegacy
BRADO
50 ml Bacardí Añejo Cuatro
30 ml Chá preto*
15 ml Suco de limão siciliano
15 ml Xarope de hortelã**
10 ml Cynar
Bata com gelo e coe para copo Collins com cubos de gelo novos. Decore com um zest de laranja-baía. Sirva sem canudo.
Você já conhecia este coquetel? Conte nos comentários outros coquetéis com potencial de clássico!
* = Chá preto: Infusionar 10g de chá preto em 1 litro de água quente por 10 minutos, esperar esfriar para o uso.
** = Xarope de hortelã: Dissolver 500 g de açúcar em 300 ml de água fervente. Após apagar o fogo, adicionar 200g de hortelã fresco e deixar descansando por 20 minutos. Coe e reserve na geladeira.
Criado em 2018, por Diogo Sevilio, campeão World Class 2017, este coquetel ja figura em algumas cartas que Diogro assina como Cozinha 212, Cateto e Maní.
Claramente inspirado no C¥ de Burro esta versão trás um toque de Dirty Martini.
Despido de alguns preconceitos, Diogo transita fácil entre dois universos quase paralelos.
Trazer a alta coquetelaria pra dentro do boteco, ou também levar o boteco pra alta coquetelaria.
O que acha de uma pinga com sal e limão e uma conservinha de buteco antes do “Comercial com Fritas” chegar à mesa?
O d’Oliveira é isso, traz sofisticação e apuro na receita, à um clássico costume, que vai desde os centros urbanos, aos subúrbios e áreas rurais.
Este coquetel tem um grande potêncial para figurar em cardápios de todo Brasil!
d’Oliveira
20 ml cachaça envelhecida
30 ml vodka
20 ml vermute seco
20 ml salmoura de azeitona
20 ml suco de limão
1 Dash de azeite de oliva extra virgem
Coquetel mexido, servido em taça previamente resfriada.
Guarnecer com alguma conserva, como picles, carnes curadas e embutidos.
Você já conhecia este coquetel? Conte nos comentários outros coquetéis com potencial de clássico!
Provavelmente você ja ouviu falar da Caipirinha com folha de tangerina.
Comum em Ilheus, Ubatuba e no sul do país esta é uma receita interessante que nos leva a perguntar, quais outras folhas podemos utilizar nos nossos coquetéis?
Caio nos conta sobre as folhas: “As folhas podem ser usadas diretamente em drinques como gin tônicas, batidas diretas na coqueteleira para produzir smashs, macerado na produção de caipirinhas ou utilizada nas produções de ingredientes como infusões, xaropes e licores.“
Alem da folha de tangerina outra muito comum é a folha da cataia, insumo base para produzir o “Whisky Caiçara”, uma infusão das folhas na Cachaça.
O uso das folhas da cataia seca traz uma cor mais amarelada para Cachaça além de reduzir a acidez da mesma.A folha fresca da cataia e pouco utilizada mas traz um sabor mais herbal e pode sem utilizada também na produção de xaropes.
Bonneau também alerta: “O uso de todas as plantas nativas regionais deve ser feito com atenção à forma que essas plantas são extraídas e cultivadas. Com a busca dessas espécies crescendo constantemente muitos veem nelas uma forma fácil de ganhar dinheiro e acabam colhendo essas plantas de forma extrativista. Às vezes pensamos estar valorizando ingredientes de um bioma, mas se essa extração é feita de forma incorreta estamos na verdade ameaçando a reprodução dessa espécie e agredindo o seu bioma.”
Além disso vale também lembrar que alguns insumos que conhecemos a fruta, podem não ter a raiz, o caule, a folha ou a semente comestíveis. Sempre vale pesquisar sobre a toxicidade específica. Um exemplo clássico é o cravo-da-índia que possui alto teor de eugenol, uma substância tóxica em grandes quantidades.
As receitas abaixo são todas de Caio Bonneau e utilizam folhas comuns da cultura caiçara.
1. Folha de Mexerica
Busque por folhas mais jovens porem não muito novas, pois as folhas novas são muito frágeis e ainda não possuem muito aroma, procure buscar folhas jovens que não tenham a cor verde clara.
Xarope de mexerica
500ml de xarope de açúcar 1:1
30g de folhas de mexerica.
Bata tudo no liquidificador e passe tudo em uma peneira fina ou chinois.
Faca pequenas porções pois em dois dias o xarope começa a perder sua potência.
CAVENDISH 60ml Cachaça branca
25ml xarope de mexerica
5 ml suco de gengibre
25ml suco de limão cravo
45ml água com gás
Bata com gelo, coe para um copo longo com gelo, complete com agua com gás.
Misture e decore com uma folha de mexerica.
2. Folha de Pitangueira
Funciona exatamente com as folhas de mexerica. Tanto aplicação em coquetéis como também a forma de colheita .
Xarope de folha de pitanga
500ml de xarope de açúcar 1:1
40g de folha de pitanga
Bata tudo no liquidificador e passe tudo em uma peneira fina ou chinois. Faca pequenas porções pois em dois dias o aroma do xarope começa a perder sua potência.
SOLANO STAR 50ml Gin
15ml Licor Bizantino
15ml xarope de folhas de Pitanga
20ml limão taiti
5ml Absinto
5ml suco de gengibre
2 folhas de hortelã
Bata com gelo, coe para uma lata bastante gelo.
Finalize com gelo britado, decore com uma rodela de limão desidratado, gengibre e um ramo de hortelã.
3. Folha de limoeiro
Funciona muito bem como ambas as folhas anteriores, porém tem muita potência de aroma e sabor e deve ser usada com mais parcimônia para não dar um aroma de pinho sol.
CAIÇARA GT 60ml de Gin
1 folha de limoeiro
6 folhas de pitanga
2 folhas de mexerica
2 fatias de limao cravo
150ml agua tônica
Amasse com as mãos todas as folhas juntas e adicione no fundo de um copo longo.
Adicione a dose de gin, mexa bem e complete o como com gelo e mexa novamente.
Complete com tônica e finalize com duas rodelas de limão cravo.
4. Folha de Cataia
A caitaia é uma planta muito encontrada no litoral norte do Paraná e litoral sul paulista, tradicionalmente muito apreciada por pescadores.A folha fresca da cataia é pouco utilizada, mas tras um sabor mais herbal e pode sem utilizada também na produção de xaropes.
Cachaça com cataia.
1L de Cachaça branca
25 folhas de cataia seca
Deixar as folhas macerando em Cachaça por um mês e coar.
CANANEIA PENICILIN
50ml Cachaça com cataia
15ml mel
25ml limão
2 fatias finas de gengibre
15ml Conhaque de Alcatrão
Macere o gengibre junto do mel, adicione os demais ingredientes e bata com gelo.
Coe pra um copo baixo, finalize com uma casca de limão e um gengibre cristalizado.
5. Folha de pau d’alho
O pau d’alho é uma árvore muito curiosa, quando chove exala um aroma muito forte de alho em um raio muito grande.
As folhas tem uma textura sensacional além de um sabor sutil de alho . Essa folha funciona muito bem para decorar um bloody Mary e pode ser consumida juntamente com o coquetel.
Quais outras folhas é comum utilizar na sua região?
Compartilhe nos comentários abaixo.
Criado por João Morandi em 2015, este coquetel pode até ser pouco conhecido. Mas tem um grande potencial.
Morandi é conhecia pelo grande traquejo com os clássicos, reinventado e adaptando estes coquetéis ao mais diversos públicos e situações.
Inspirando no famoso erro de Mirko Stocchetto (que em 1968 ao preparar um Negroni, pegou a garrafa de espumante no lugar da de Gim, dando origem ao Negroni Sbagliato), Morandi “enganou-se” e adicionou Cachaça no lugar do Gim. Conferindo ao coquetel notas vegetais e herbais.
Sabendo que o sal em pequenas quantidades realça o gosto doce e suprime o gosto amargo, João pensou em utilizar a solução salina, mas foi além e colocou outra bebida rica em sais, a água de coco.
Com a adição da água de coco temos uma diluição bem vinda, que juntamente com os sais acaba trazendo à tona todos os sabores complexos da combinação de vermute, amargo e cachaça.
Honrando a linhagem com o Sbagliato temos, então o Strago.
Este coquetel tem um grande potêncial para figurar em cardápios de todo Brasil!
STRAGO
25ml Cachaça envelhecida em Carvalho
25ml vermute rosso
25ml Campari
25ml água de coco
Em um mixing glass com gelo, misture os ingredientes. Sirva em copo baixo com gelo. Decore com casca de limão siciliano
Você já conhecia este coquetel? Conte nos comentários outros coquetéis com potencial de clássico!
Criado por Tony Harion em 2012, o Uai Tai é um clássico cult, muito falado mas pouco executado, até agora!
Grande entusiasta da coquetelaria com Rum e frequentador assíduo do Tales of the Cocktail nos anos primordiais, Tony sempre foi grande divulgador da cultura brasileira e mineira entre os gringos.
No meio da cocktailsphere (a blogosfera de coquetelaria) havia um evento mensal famoso: o MixologyMonday (mxmo) que desafiava criações inusitadas, sempre com um tema diferente.
Em fevereiro de 2012 uma confluência levou à criação do Uai Tai. Carnaval no Brasil, Tiki Month nos Eua e MxMo Tiki!
Inspirado pelo clássico Mai Tai e seu preparo e receitas corretos, Tony buscou abrasileirar o clássico. O Uai Tai é uma homenagem mineira que faz jus à cultura Tiki e ao Mai Tai original criado por Trader Vic em 1944.
À tradicional prática Tiki de misturar diversos tipos de Rum adicionou-se também cachaça.
Dentro do blend a cachaça trás notas vegetais e terrosas que trazem frescor ao coquetel.
Além disso, há também a substituição do Orgeat clássico (feito com amêndoas) por um feito com Castanha do Pará, uma noz rica em gordura e aroma, que agrega textura e perfume à receita, além de harmonizar muito bem com a cachaça.
O processo de produção do Orgeat pode ser simplificado para uma mistura de leite de castanha do Pará e açúcar em partes iguais.
Com as diversas marcas de leite vegetal disponível no mercado este ingrediente fica mais convidativo à produção. Apesar do processo de fazer um leite vegetal não ser difícil…
O nome é uma jóia à parte, usando a expressão mineira Uai para dar sonoridade e identidade.
Este coquetel tem um grande potêncial para figurar em cardápios de todo Brasil!
UAI TAI
30ml Bacardi Ocho*
30ml Leblon Signature Merlet*
15ml licor de laranja
20ml Orgeat de castanha do Pará
25ml suco de limão tahiti
Bata na coqueteleira com gelo. Coe para um copo baixo com gelo moído e decore com um ramo de melissa ou hortelã.
* Você pode substituir também por um rum e uma cachaça bem envelhecidas.
Você já conhecia este coquetel? Conte nos comentários outros coquetéis com potencial de clássico!